A Ausência da Leveza do Ser

Fonte: Tumblr



Hello, hello...

Geralmente estou aqui pra falar dos livros que leio ou dos poemas que nas horas mais inusitadas escrevo. Mas não desta vez. Hoje quero falar sobre leveza.
Não que eu seja alguém com experiência de vida suficiente para sair por aí taxando comportamentos, mas é inegável que nos falta leveza, que nos falta tempo pra sentar e respirar, que sentimos falta de olhar pra dentro de nós mesmos e refletir se está tudo bem. O que nos falta de verdade?

São questões um pouco complexas, mas quando foi que ficamos tão ásperos e paramos de dar beijos de bom dia, ou abraços realmente apertados? Quando foi que deixamos de perguntar como foi o dia dos nossos filhos? Como esquecemos de desejar boa sorte pra um amigo no dia da nova entrevista de emprego? Quando foi que ajudar um desconhecido tornou-se parte de ações praticadas pela minoria?

Quando foi que nos perdemos dentro de nós mesmos e apagamos o brilho da nossa essência?

Por vezes me pergunto sobre a pessoa que eu sou e quero ser, e nesses devaneios perco o tempo de acompanhar a novela das 9 (o que em nada me deprime). Nesses dias em que deito em minha cama e ponho-me a pensar sobre o que eu mais quero ser na vida, sempre chego a mesma conclusão: a de querer ser leve. Leve no sorrir, no abraçar. Leve e livre para amar, sem amarras e nem armadilhas, possuir a leveza na crença de que tudo prospera a favor daqueles que amam por si só, e que carregam a verdadeira essência do amor consigo.

Sábios os que mantêm amizades verdadeiras e que não estão sozinhos no mundo, porque aprenderam o significado de doar-se sem limitações.
Sábios os que enxergam com a alma a luz que habita nas pessoas que estão ao seu redor, pois são estes os verdadeiros olhos que veem o que é importante e o que não é em nossas vidas.

Felizes dos que podem voltar a sorrir para as pessoas que algum dia lhes feriu.

Amados os que podem dar amor porque carregam ele em si como fonte inesgotável de leveza.
Tão abundante que neles habita a certeza de que tudo o que é bom, sempre encontrará um jeito de voltar.

Então, em dias como o de hoje em que me pego admirando minha xícara de café e pensando: "Não deveríamos temer tanto. Deveríamos ser mais corajosos ao ponto de enfrentar a vida e nossos sonhos. A ponto de saber que nem tudo é feito pra durar, mas as coisas que conquistamos com a leveza de nosso coração, ah... Essas duram para sempre.".

E em meio aos devaneios que nunca me deixam, fica aqui um beijo cheio de esperança de dias mais felizes.

Com amor, Angel.

Simplesmente Extraodinário!

Hi People!


O livro de hoje não é um livro comum, e é com muito, *muito* carinho que por meio deste post venho lhes falar de um garoto Extraordinário. 




"O livro conta a história de Auggie, um menino que nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial. Em um manifesto em favor da gentileza, ele enfrenta uma missão nada fácil quando começa a frequentar a escola pela primeira vez: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.Fonte: Skoob

 August Pullman. Certo. Um menino portador de uma síndrome genética a qual resulta em uma deformidade facial e que por conta disso o fez passar por muitas cirurgias ao longo de sua infância. Logo de início não temos muita noção de como é o rosto dele, mas como o livro é contado por diferentes locutores acabamos por descobrir algumas características do rosto de Auggie. Mas segundo ele mesmo:

"Não vou descrever minha aparência. Não importa o que você esteja pensando, porque provavelmente é pior."

Uma das coisas mais bonitas e tocantes nessa história é a forma como a família de August é retratada, ele e sua irmã Via moram com os pais, e estes são todo zelo e cuidado para com ele, tentando sempre o proteger de pessoas maldosas que possam vir a atingi-lo com comentários grosseiros sobre sua aparência.
Por conta de sua síndrome, August não frequentou a escola como os demais meninos de sua idade. Estudava em sua casa com a ajuda de sua mãe, porém, já com 10 anos seus pais decidem matriculá-lo na Beecher Prep. De início o pai de August mostra-se um tanto contra a decisão da mãe, pois teme que o filho seja maltratado pelas outras crianças, no entanto, o garoto surge (depois de algumas conversas) decidido a enfrentar o seu primeiro dia de aula.

Na escola, Auggie passa por todo o tipo de gozações, cochichos, comentários infelizes sobre sua aparência, e vive com a constante sensação de que todos os olhos se põe sobre ele em qualquer lugar em que ele vá. Mas mesmo nesse ambiente hostil ele consegue encontrar pessoas diferentes que passam a enxergá-lo muito além de um garoto com a aparência de quem foi "resgatado de um incêndio".

O personagem de August é extremamente cativante e a essência de sua gentileza é o que o transforma nesse ser único que ao longo da leitura nos faz refletir sobre o tipo de pessoa que queremos ser nesse mundo. Até onde nossa gentileza pode nos levar?

“[…] deveríamos ser lembrados pelas coisas que fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa aparência. As coisas que fazemos sobrevivem a nós. São como os monumentos que as pessoas erguem em honra dos heróis depois que eles morrem. Como as pirâmides que os egípcios construíam para homenagear os faraós. Só que, em vez de pedra, são feitas das lembranças que as pessoas têm de você. Por isso nossos feitos são nossos monumentos. Construídos com memórias em vez de pedra.”

Outro ponto favorável do livro é a visão compartilhada que a narrativa apresenta. Por ser uma história contada a partir da visão de vários personagens, temos o relato da irmã de Auggie, (Via). Este me chamou bastante a atenção pois nele, Via  despiu-se e mostrou com muita amabilidade o seu lado humano que também sofreu forte impacto com a descoberta da doença do irmão desde a sua infância.

Quando Extraordinário chegou até mim, eu já sabia que se tratava de um bom livro, de uma boa história. Mas foi somente quando o tive em minhas mãos que pude dizer: "Nossa, R. J. Palacio sabia o que estava fazendo.". Digo isso, porque não é tarefa fácil contar com sensibilidade, realidade e uma narrativa sem floreios uma história baseada unicamente nas experiências dos envolvidos.

Impossível não levar a história de Auggie como lição de vida, com certeza Extraordinário passou a ser um dos queridinhos da minha estante, espero que depois desse post possa vir a ser da sua também!

Com amor, Angel.



Autora: R. J. Palacio
ISBN:9788580573015
Ano: 2013
Páginas: 318
Editora: Intrínseca
Nota: 5/5

Cartas de Amor aos Mortos




Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
Fonte: Skoob

Olá! :)

Cartas de Amor aos Mortos foi o tipo de livro que me atraiu à primeira vista, (não digo isso somente pela capa, que é linda) mas também pelo título. O ar de mistério me acompanhou até as últimas páginas do livro e posso dizer que esse é o tipo de leitura que vai te fazer ficar acordado até mais tarde só pra saber como a trama vai se desenrolar. 

Os personagens são extremamente cativantes e a cada página avançada descobri que podia ver um pouco de mim em cada um deles, que me identificava com suas experiências e que o que mais os tornavam reais eram seus medos, inseguranças e fragilidades.

Logo de início tive a sensação de que a trama me lembraria As Vantagens de Ser Invisível pelas semelhanças da narrativa em cartas (nesse caso, escritas para celebridades como Kurt Cobain, Amy Winehouse, entre outras),mas também por perceber que a personagem apresentava dificuldades de se abrir com as demais pessoas ao seu redor. Contudo, não foi o que aconteceu. 

A partir de uma tarefa sugerida por sua professora, Laurel incia sua jornada, e o que começa com a simples tarefa de escrever uma carta para alguém que já faleceu, acaba por desencadear um trama linda, corajosa e sensível ao contar tudo o que aconteceu entre Laurel e sua irmã.

Gosto quando leio um livro e a mensagem dele continua a vagar pela minha mente dias e dias após o término. Acredito veementemente que uma boa história nunca morre, creio que ela permanece em nós, como foi o caso de Cartas de Amor aos Mortos. Quem nunca idealizou alguém ao menos uma vez em toda a sua vida que atire a primeira pedra. 

Encantei-me com a forma com que a autora amadurece a personagem ao longo do livro, fazendo com que a mesma aprenda a vencer seus traumas e assim melhorar seu relacionamento com aqueles que a cercam a partir do momento em que ela decide se "abrir" novamente. 

O que mais posso dizer? Simplesmente adorei. É um daqueles livros que chega ao seu fim tão breve como um suspiro.


Beijos da Angel.


Autor: Ava Dellaria
Ano:2014
Editora: Seguinte
Nº de páginas: 344
Avaliação: 5/5



Um Sorriso ou Dois - Para Mulheres Que Querem Mais

Oi gente! Demorei mas voltei. :)

Nos últimos dias estive extremamente envolvida com uma série de coisas que acabaram por me afastar um pouco das redes sociais, ainda bem que encontrei um tempinho pra continuar com as minhas leituras de sempre, porque sem elas nem sei o que seria de mim, hahaha.

Mas agora, vamos ao que interessa: Um Sorriso ou Dois - Para Mulheres Que Querem Mais.

Sinopse: "Para Frederico Elboni, não existe certo ou errado quando os sentimentos estão em pauta. O que importa é encontrar harmonia e equilíbrio entre quem somos e o que fazemos; entre nossas ações e nossa perspectiva diante da vida. E, consciente de que mulheres trazem na bagagem alguns conflitos internos em relação ao mundo e aos homens – e haja conflito! –, esse jovem autor se dirige a elas: mulheres apaixonadas, decepcionadas, ingênuas, destemidas... Todas ansiosas por palavras que as façam abrir em seu rosto um lindo e incessante sorriso. Ou dois."

Fonte: Skoob




Comprei este livro por meio da indicação de uma amiga e também proprietária de uma das livrarias que mais tenho visitado nos últimos tempos, segundo ela mesma, um livro apaixonante. Assim que pus meus olhos no exemplar já fui tendo as minhas primeiras impressões (das quais nunca me esqueço, sejam elas boas ou ruins), e com isso não pude deixar de sentir-me instigada pelo título e sub- título, tampouco pelos sorrisos do autor Frederico Elboni estampados na capa.

E lá fomos nós: eu, o livro e a expectativa de desvendar esses sorrisos.

Assim que iniciei a leitura, pude perceber o carinho com que o autor traz à memória os ensinamentos transmitidos por seu pai e a forma com que a escrita se mantém leve e fluída ao longo dos contos e crônicas que na minha opinião, vão te deixar com 'gostinho de quero mais'. Frederico trata de assuntos os quais podem até parecer clichês em matéria de relacionamentos, mas segundo o ponto de vista do jovem escritor, merecem um novo olhar seguido de bom humor e uma boa dose de sacanagem.
A proposta de esquecer alguém como um sorriso, guardar o que foi bom e jogar fora o que não foi, vinda de um jovem que provou que não tem medo de brincar com as palavras me pareceu mais do que interessante.

Os sorrisos durante a leitura são inevitáveis e vez e outra parava no meio de um capítulo e pensava: "Caramba, como ele sabe que é exatamente assim? ". 

Fato é, que este jovem talentoso conseguiu não só arrancar diversos sorrisos meus,  como também fez com que eu pudesse me sentir muito mais como uma pessoa inteira do que como alguém que procura por uma metade nesse mundo. Na minha humilde opinião, todos deveríamos nos enxergar assim. Inteiros.

"- Obrigada, Fred."



Desde então, posso dizer que tornei-me fã do autor, do livro e também do blog Entenda Os Homens, onde acabei conhecendo um pouco mais desse olhar diferenciado, intenso e honesto diante das relações amorosas e das situações as quais a maioria de nós está sujeita a enfrentar.

Aqui vão algumas das minhas frases favoritas do livro:


"Você pode ser uma pessoa supercharmosa, educada ou inteligente, entretanto, se a outra pessoa não for equivalente, não perceberá o quão valiosa você é." (pág. 16)

"A dor é sempre passageira, basta lembrar que o piloto é você." (pág. 47)



Frederico pode até ter escrito pensando nas mulheres que querem mais, mas com certeza este livro serve para todos aqueles que querem mais quando se veem cercados por paradigmas ditados por uma sociedade muitas vezes hipócrita e que vive ditando 'regras' para as mais variadas formas de amor.
Sem dúvida nenhuma, um livro que vale a pena cada sorriso.

Um pouco mais sobre o autor: Frederico Stewers Elboni nasceu em São Paulo, mas hoje é morador do pacato estado de Santa Catarina. Com um diploma em Publicidade e Propaganda, é vidrado pelo comportamento humano e suas facetas. Em 2011 e 2012, foi autor-roteirista do programa Amor & Sexo da Rede Globo e hoje é dono do blog “Entenda os homens”, que registra mais de 5 milhões de acessos mensais. Apaixonado pelos conhecimentos empíricos da vida, sushi e nhá benta, sempre gostou de mostrar às pessoas como tudo pode ser simples. Acredita fidedignamente na teoria de que os sorrisos podem curar qualquer coisa. Menos mau-caratismo e o horrendo hábito de colocar ketchup na pizza.

Fonte: Skoob



Um Sorriso ou Dois - Frederico Elboni

Nota 5/5
Páginas: 222

Ano: 2014
ISBN: 9788582401057

Editora: Benvirá