Minhas Pequenas Grandes Felicidades

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Hoje quero deixar transparecer a minha crença, e não peço a vocês que acreditem no que eu acredito da mesma maneira em que acredito, mas tenham certeza de que a partir do momento em que eu lhes disser que acredito em algo, o faço com toda a verdade do meu coração. Aprendi isso com uma professora incrível.



Me chamo Angélica (pra que repetir?), a maioria dos amigos me chama de Angel (aprecio muito), não sei do que os inimigos me chamam e não estou nem aí pra saber. Mas o fato é que eu, a Angel, amo o sabor do prazer que sinto nas "pequenas grandes coisas" da vida.
Por muito tempo as chamei apenas de pequenas por mera força do hábito que adquiri nos tempo em que não dava valor ao que realmente tinha importância.Talvez eu estivesse ocupada demais com meu ego, minhas conquistas, meus problemas, minhas frustrações. Houve um tempo em minha vida em que tudo era muito eu ou meu e em consequência disso, não me era revelado o segredo da verdadeira felicidade (Porque eu era iludida, metida e fútil. É, vamos dar nome aos bois.). A Pequena Grande Felicidade, aquela que eu não via, porque não conhecia, e não conhecia porque habitava onde muitos se negam a enxergar: na simplicidade.

Ora, mas é quase uma heresia abordar a felicidade humana numa segunda-feira pela manhã quando a maioria das pessoas ainda não se recuperou do fim de semana e muito menos da ressaca. Não lhes tiro a razão, falar de felicidade como uma ideia "rasa e constante" é demasiado frustrante para quem acredita que ela não pode ser alcançada por completo.

Bom, eu tenho a minha teoria.

É claro que não me julgo feliz 24 horas por dia e muito menos 7 dias por semana, mas todos os dias eu procuro ativar dentro de mim uma lembrança ou uma atitude que me faça feliz, que faça alguém feliz. Permito-me a entrega dos bons momentos, permito-me degustar o tempo como se eu não o tivesse para sempre. E o mais importante, já não penso na felicidade só para mim, na maioria das vezes fico feliz em poder proporcionar um sorriso sem fim no rosto de alguém. São nesses dias que me encontro, nesses dias visto-me de mim mesma e saio por aí a viver a vida que outrora era só desejo.

Falando assim, parece que viajo uma vez por mês ao Caribe e levo minha família inteira na minha 'cola'. Calma, não é nada disso. Enquanto escrevo e penso em tudo que já me fez feliz, não consigo negar a vontade de lhes contar que banhos de chuva não saem da minha mente durante esse curto período em que tento fazer minhas "ligações felizes". As risadas que ecoam pela minha mente em meio aos "splashes" dos pulos nas poças de água, a sensação de correr para casa com o cabelo todo molhado, ou o fato de não me irritar por simplesmente não ter levado o guarda- chuva e decidir que não vou evitar que a chuva encharque minhas roupas e minha bolsa nova. Eu raramente corro pra fugir dela, volto pra casa lentamente e nem me preocupo com a gripe, enquanto penso que poderia reclamar, não procuro motivos para isso. Prefiro me encontrar com a menina que mora em meu passado e que teria adorado aquele banho de chuva. De repente, estamos nós duas de mãos dadas voltando pra casa.

E são os banhos de chuva. as trilhas, os vinis, o café da minha avó, o abraço da minha mãe, o cobertor aconchegante, o frio do inverno, as flores no caminho, a panela de brigadeiro, o abraço que mata a saudade, o shampoo de morango, o anel de 15 anos, o violão sobre a cama, as fotos no mural, as fotos escondidas, as pantufas da Disney, os vídeos na praia, as ligações de muito longe, o choro do meu avô, a canja da minha mãe. as piadas do meu pai, o chimarrão, o moletom azul, o fim de tarde, o adestrador amigo, o cachorro da menina estranha, o blog, a caneca do Power Rangers, os livros, a estante, as penas, a torre, a rede, as estrelas, a ponte iluminada, a mesa, pipocas estourando no microondas, Titanic pela primeira vez, o balanço na árvore da fazenda, a camiseta do Paul, os sebos, o cinema, os filmes de época, os chás, as cartas, as passagens, os abraços, as viagens sem rumo, os tangos, os boleros, os pés descalços, o rosto queimando de vergonha, as mãos suando de ansiedade, os olhos fechando de terror, o peito ardendo de saudade, os biscoitos no natal, HRVRD tocando, as luzes, os fogos, o quadro, a tatuagem, a festa do vinho, os violinos, Mozart, as saias hippies, os livros antigos, os livros novos, meu quarto ardendo em luzes, a vida tilintando com as chamas da nossa juventude que ainda arde, o show do Capital, a vodka do beco sem-saída, a tequila na faculdade, os mini copos coloridos, o beijo no corredor, o beijo na praça, o beijo no portão, o beijo que eu não dei, a janela, o pijama de inverno, o toque do celular, as mensagens salvas, a pipa, a cesta de piquenique, os banhos na piscina, os barquinhos de papel, a coroa, as formaturas, o resgate, a estrada vazia, o diário e tantas, tantas outras coisas que eu ainda teria pra escrever aqui. São as "pequenas" felicidades da minha vida, pra mim não há nada de pequeno nelas, elas me são infinitas. Fazem com que eu me sinta infinita. São o sal da minha vida.

Constantemente me pergunto se eu poderia ser feliz sem essas coisas...

Jamais. (Jamé), nunquinha mesmo, nem pensar.

Já lhes contei das minhas "Pequenas Grandes Coisas" e espero que elas tenham lhes trazido à mente as suas, porque todos nós temos esses tesouros (escondidos muitas vezes), mas os temos dentro de nós. Se você ainda não encontrou o seu, espero que comece a procurar por ele logo e que se decidir que é melhor não, lembre-se de que não temos todo o tempo do mundo. Que o agora é tudo que você tem em mãos.

Então por hoje, eu os aconselho que façam acontecer ao menos uma Pequena Grande Felicidade no seu dia.

Com todo o meu amor.
Angel

Em Silêncio

Sem ruídos, tu chegas.
Não avisas, não bates à porta.
Entras e não pedes licença
conheces todos os cômodos da casa.

Não avisas nada.
Nada dizes. 
Tudo fazes.

Nada dizes.
Tens olhos a falar
Mãos a interpretar
Mas tu...
Nada me dizes.

Prefiro ouvir teu silêncio 
que é a voz gritante 
que é o som latente
ecoando 
inconsciente
nas entrelinhas que aprendi a ler.

Prefiro 
é ouvir teu silêncio...

Café, Vinil e Paixão de Ler ❤


Oi, oi, oi gente! Senti saudades, e cá estou para contar (e mostrar) pra vocês por onde andei nesses dias em que estive super  sumida. :)


No dia 14/03/2015 ocorreu o evento Café com Vinil organizado pelo sebo Paixão de Ler (um dos meus favoritos aqui de Tubarão). O evento contou com a presença de músicos da região, venda de vinis e tudo mais que nós apaixonados por livros adoramos.


Pasmem, dei até entrevistas nesse dia!  hahaha OMG!  A  Unisul TV, cobriu o evento e mostrou com muito carinho o trabalho lindo que o pessoal da Paixão de Ler vem fazendo. 



Já deu pra ter uma noção do lugar lindo que é, né?




Colírio para as retinas leitoras.



Apresentação do músico César Nicoladelli Figueiredo


Outra coisa que adorei nesse dia, foi a oportunidade de tietar e conhecer esse músico incrível e cheio de simplicidade que é o Figueiredo. Se vocês ainda não conhecem o trabalho dele, conheçam. 




Sublime é uma das minhas músicas favoritas e tenho muito carinho por ela. Lembro que a mesma, me ajudou muito num momento bem difícil em que precisei buscar forças positivas pra seguir em frente e continuar procurando o melhor dentro de mim e nas pessoas que me rodeiam.
As letras são tão lindas que é impossível não se identificar com tanta poesia.

Ainda em nome da boa música, aqui vai mais um link de uma que não sai das minhas playlists:


Então galerinha... Por hoje é só, espero que tenham gostado do post e que ele sirva de incentivo pra que muito além da leitura, cada um de nós possa ter a sensibilidade necessária para perceber o trabalho das pessoas talentosas que nos cercam, sejam aquelas que trabalham com música, artes plásticas, ou até mesmo vendendo os livros que tanto amamos.

Depositar amor naquilo que se faz é uma das mais bonitas formas de arte. 

Beijos de Luz! 
Com amor, Angel.