Agarro-me tão fortemente as palavras, como uma criança se segura junto a mãe.
Entrelaço-me nelas para que não me soltem, para que não me deixem escapar.
Tenho medo de perder-me neste mundo onde não me encontro, onde meus pés me levam a vagar.
As palavras são minha arma e escudo. São meu alimento.
E alento.
Eu não danço.
Não canto.
De mim não nascem os sons que encantam.
Eu só carrego em mim, as palavras.
Mas com elas te ponho a sorrir, um sorriso ainda maior que o meu.
Dos teus olhos colho a lágrima que me faltava
pra regar a semente que plantei em teu coração.
E as palavras, as mesmas palavras que um dia te dei em forma de escritos
retornam hoje a mim, em forma de espelho.
Diante delas me despi, pois eram só o reflexo de quem eu sempre fui.
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